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DM NEWS | STF PROÍBE DESQUALIFICAÇÃO DE MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL EM AUDIÊNCIAS E INVESTIGAÇÕES

 


Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (23), proibir a desqualificação moral de mulheres vítimas de crimes sexuais durante audiências judiciais e investigações policiais. De acordo com a decisão, a vida sexual pregressa da vítima não poderá ser utilizada como argumento para desqualificação moral por policiais, advogados e juízes durante depoimentos em delegacias, audiências e decisões judiciais em todo o país.

 

Os ministros do STF também confirmaram que a tese de legítima defesa da honra pelo réu, acusado de crime sexual, não poderá ser utilizada para justificar a violência e pedir a absolvição. Além disso, os órgãos envolvidos na apuração e no julgamento do caso deverão impedir a desqualificação das vítimas, sob pena de responsabilização.

 

A decisão foi motivada por casos como o de Mariana Ferrer, modelo e influenciadora digital, que, em 2018, foi constrangida durante uma audiência na qual prestou depoimento como vítima de estupro. O episódio gerou grande repercussão e levou à aprovação da Lei Mari Ferrer, que protege vítimas e testemunhas de constrangimentos durante processos judiciais.

 

A proibição da desqualificação moral e a confirmação da responsabilidade dos órgãos envolvidos na apuração e julgamento dos casos de crimes sexuais representam um avanço significativo na proteção dos direitos das mulheres. A decisão do STF busca garantir que o tratamento das vítimas de crimes sexuais seja justo e respeitoso, centrado na conduta criminosa dos acusados e não na vida pessoal das vítimas.

 


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Este julgamento alinha o Brasil às práticas internacionais de proteção dos direitos das vítimas de crimes sexuais, promovendo um ambiente mais seguro e justo para a denúncia e apuração desses crimes. Ao eliminar a possibilidade de desqualificação moral baseada na vida sexual pregressa das vítimas e vetar a tese de legítima defesa da honra, o STF reforça a importância de uma abordagem humanizada e imparcial na justiça brasileira.

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