As universidades e
institutos federais de ensino superior (Ifes) permanecem em greve após as
entidades coordenadoras da paralisação decidirem não assinar o acordo proposto
pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Em uma entrevista
coletiva na manhã de sexta-feira (24), os representantes das entidades
enfatizaram a necessidade de continuar as negociações.
O Ministério comunicou
às entidades na quarta-feira (22) que as negociações estavam encerradas e que o
encontro marcado para a próxima segunda-feira (27) seria apenas para a
assinatura do acordo, sem abertura para novas contrapropostas. Gustavo
Seferian, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de
Ensino Superior (Andes), criticou a postura do governo, acusando-o de interromper
unilateralmente o processo democrático de negociação.
Seferian destacou que
as demandas dos grevistas incluem não apenas questões remuneratórias, mas
também a recomposição dos investimentos nas instituições federais de ensino
superior, argumentando que há espaço no orçamento para atender a essas
reivindicações. A greve, que começou em 15 de abril, envolve professores e
técnicos administrativos de 59 universidades e mais de 560 colégios federais.
A recusa do acordo e a
continuidade da greve evidenciam o impasse entre o governo e as entidades
sindicais. Ambas as partes mantêm suas posições firmes, com o governo alegando
a necessidade de finalizar as negociações e as entidades sindicais defendendo a
retomada do diálogo para alcançar um acordo satisfatório para ambos os lados.


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