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DMHC News | Conflito no STF: Ministros se posicionam contra absolvição de Bolsonaro e reforçam defesa do Estado Democrático

 Por REDAÇÃO do Jornal DM News | Siga nas Redes Sociais

 

Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Gilmar Mendes reagem à decisão de Luiz Fux em julgamento da trama golpista, destacando coação institucional e riscos à democracia





O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser palco de intensos embates nesta quinta-feira (11), quando ministros se posicionaram contra a decisão de Luiz Fux, que votou pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento da trama golpista na Primeira Turma. A reação de Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Gilmar Mendes evidenciou divergências sobre coação institucional, anistia e a preservação do Estado Democrático de Direito.





O relator da ação, Alexandre de Moraes, interrompeu o voto de Cármen Lúcia para rebater argumentos apresentados por Fux, exibindo vídeos de falas de Bolsonaro que considerou “grave ameaça” ao STF. “Eram atos aleatórios?”, questionou Moraes, destacando que ameaças a magistrados configuram ataque à democracia. O presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, alinhou-se a Moraes, apontando coação institucional, enquanto Cármen Lúcia reiterou a competência exclusiva do STF para julgar o caso, referenciando seu histórico em processos como o do mensalão.

Gilmar Mendes, presente no plenário, posicionou-se simbolicamente próximo ao grupo de Moraes, em gesto interpretado como apoio ao combate à impunidade. Flávio Dino criticou a proposta de anistia aos acusados de tramar um golpe, relacionando o caso ao contexto internacional e citando o perdão concedido por Donald Trump a envolvidos na invasão do Capitólio, argumentando que a paz só se consolida com o funcionamento adequado das instâncias repressivas do Estado.

O julgamento resultou na condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por crimes que incluem tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, formação de organização criminosa, dano qualificado e grave ameaça. A dosimetria da pena foi concluída ainda na quinta-feira, após análise detalhada pelos cinco ministros do colegiado: Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.





O episódio evidencia a complexidade do STF ao lidar com crimes que ameaçam a estabilidade democrática, mostrando como divergências internas podem refletir na percepção pública sobre justiça e governança. A presença de ministros como Gilmar Mendes e a atuação assertiva de Moraes indicam uma estratégia clara de reafirmação do papel institucional da Corte frente a tentativas de enfraquecer o Estado de Direito.





O julgamento marca um ponto crítico para a democracia brasileira, destacando a importância da atuação firme do STF na proteção das instituições e na prevenção de tentativas de golpe. As decisões e posicionamentos dos ministros reforçam que a manutenção do Estado Democrático de Direito exige vigilância constante e aplicação rigorosa da lei.

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