A omissão na gestão da crise hídrica em Uberaba exige uma resposta firme do Legislativo e uma reavaliação da liderança da Codau
Por REDAÇÃO do Jornal DM News | Siga nas Redes Sociais
A cidade de
Uberaba enfrenta uma grave crise hídrica, com bairros inteiros sem
abastecimento de água e reservatórios operando em níveis críticos. A situação
expõe falhas na gestão da Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento
e Ações Urbanas (Codau) e coloca em xeque a responsabilidade dos gestores
públicos.
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O vereador Túlio Micheli (PSDB) tem sido uma voz
ativa na busca por soluções, propondo a decretação de estado de emergência
hídrica e solicitando ações efetivas para mitigar os impactos da escassez de
água. Entre as medidas sugeridas estão o abastecimento de serviços essenciais,
rodízio de água, fornecimento emergencial, redução da taxa mínima de consumo,
suspensão de cortes por inadimplência, tarifa social, perfuração de novos poços
e campanhas de conscientização sobre o uso racional da água.
Por outro lado, o
presidente da Codau, Rui Ramos, tem minimizado a gravidade da situação,
sugerindo que o decreto de estado de emergência serviria apenas como
instrumento para eventuais aplicações de multas por desperdício de água. Ele
argumenta que a Codau tem investido na comunicação educativa e que as medidas
adotadas são suficientes para enfrentar a crise.
A postura da Codau, ao focar em punições ao consumidor em vez de ações estruturais para garantir o abastecimento, revela uma gestão reativa e desprovida de planejamento estratégico. A falta de um rodízio claro de água, a ausência de comunicação eficaz com a população e a ineficiência na implementação do plano de contingência aprovado pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais (Arisb-MG) indicam uma falha sistêmica na administração pública.
Conclusão: Diante da gravidade da crise hídrica em Uberaba, é
imperativo que a Câmara Municipal atue com urgência, convocando audiências
públicas e pressionando por ações concretas da Codau. Além disso, a liderança
da Codau deve ser reavaliada, considerando a possibilidade de exoneração do
atual presidente, caso se comprove a omissão e ineficiência na gestão da crise.
A população uberabense merece uma resposta à altura da gravidade da situação.




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