Crime bárbaro ocorreu às margens do Rio Tijuco; Polícia Civil investiga suspeita de ameaça anterior feita por vizinha.
Por REDAÇÃO do Jornal DM News | Siga
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Sociais
Um cachorro
teve a língua cortada e precisou ser sacrificado após ferimentos graves em uma
fazenda localizada na zona rural de Uberaba. O caso ocorreu na madrugada do dia
5 de novembro e foi registrado na última segunda-feira (10) na base de
segurança da Polícia Militar. A Polícia Civil investiga o crime como
maus-tratos contra animal.
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Segundo
informações do boletim de ocorrência, a tutora do animal relatou que ouviu
choros intensos por volta de 1h da madrugada. O caseiro da propriedade
encontrou o cachorro dentro do terreno vizinho, com sinais de desidratação e
sangramento acentuado na boca.
O animal
foi levado imediatamente a uma clínica veterinária em Uberaba. O médico
veterinário constatou que a língua havia sido totalmente seccionada, indicando
ação humana intencional. Diante da impossibilidade de recuperação e das
condições de sofrimento, a equipe recomendou a eutanásia, autorizada pelo
proprietário.
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A tutora
informou ainda que, dias antes do crime, uma vizinha teria ameaçado cortar a
língua do cão caso ele voltasse a entrar em seu terreno. O histórico de ameaça
foi incluído no registro e deverá ser analisado pela Polícia Civil, que irá
apurar autoria e motivação.
O caso foi
oficialmente registrado como maus-tratos, conduta criminal prevista no Art. 32
da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998), agravada quando resulta na morte
do animal.
Nos últimos
anos, casos de violência contra animais têm recebido maior atenção das
autoridades e da sociedade. A Lei nº 14.064/2020 aumentou a pena para
maus-tratos contra cães e gatos, prevendo reclusão de dois a cinco anos, além
de multa e proibição da guarda.
Especialistas
reforçam que a violência contra animais é um problema recorrente em áreas
rurais e urbanas, exigindo ações de conscientização, fiscalização e políticas
públicas de proteção animal.
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A Polícia
Civil dará continuidade às diligências, incluindo oitivas de testemunhas e
perícia no local. A investigação buscará identificar o autor e esclarecer se
houve motivação preexistente ou conflito entre vizinhos.
O caso gera
comoção e reacende o debate sobre a necessidade de medidas mais rígidas de
prevenção e punição a crimes de crueldade animal.
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