Iniciativa une MCTI, Cemaden, Marinha e BNDES para ampliar monitoramento climático, capacitação técnica e investimentos em inovação científica.
Por REDAÇÃO do Jornal DM News | Siga
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Sociais
O Governo
Federal firmou, em Belém (PA), durante atividades da COP30, um protocolo de
intenções entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o
Cemaden, a Marinha do Brasil e o BNDES para fortalecer ações de prevenção,
monitoramento e resposta a desastres naturais. O acordo prevê investimento de
até R$ 100 milhões em estudos, capacitação e ampliação da rede nacional de
alerta.
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Cooperação estratégica em contexto de urgência climática
Assinado a
bordo do Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico, atracado no Porto de Belém,
o protocolo estabelece cooperação técnica e institucional entre as quatro
entidades. A iniciativa ocorre em meio ao avanço dos eventos extremos no país,
como enchentes, estiagens prolongadas e deslizamentos, que exigem maior
capacidade de resposta do Estado brasileiro.
Segundo
especialistas do Ministério da Ciência e Tecnologia, a integração entre órgãos
civis e militares é considerada fundamental para garantir rapidez nas ações
emergenciais e fortalecer a ciência aplicada à defesa civil.
“Tecnologia em prol da vida”, diz ministra do MCTI
A ministra
Luciana Santos destacou que o alinhamento institucional reforça o compromisso
com o desenvolvimento sustentável e a proteção de populações vulneráveis.
“Queremos ampliar soluções que integrem pesquisa, inovação e cooperação. A ciência é base para planejar e agir com eficiência diante dos impactos climáticos”, afirmou durante a cerimônia.
O acordo também está alinhado à Agenda 2030 da ONU e ao Marco de Sendai, que orienta políticas globais de redução de risco de desastres.
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Investimentos e criação de plano nacional de emergências
O
presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou a mobilização de recursos que
podem alcançar R$ 100 milhões para a elaboração do Plano Nacional de
Enfrentamento às Emergências Climáticas.
Segundo
ele, o banco aportará R$ 30 milhões, enquanto o MCTI e a Finep contribuirão com
R$ 20 milhões. Outros parceiros devem adicionar cerca de R$ 50 milhões para
pesquisas, formação de especialistas e estruturação de ações integradas.
“Precisamos conhecer as especificidades regionais e fortalecer as instituições para reagir com eficiência”, ressaltou.
Marinha reforça papel em operações de proteção civil
O
Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Olsen, enfatizou que a
Força Naval terá atuação ampliada no apoio às regiões atingidas por eventos
extremos.
“Prestamos socorro imediato à população e contribuímos para o restabelecimento das áreas afetadas. Essa parceria reafirma nosso compromisso com a vida e com a preservação ambiental”, disse.
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Cemaden expande rede de monitoramento para quase 2 mil municípios
A diretora
do Cemaden, Regina Alvalá, destacou que o centro opera 24 horas monitorando
riscos e emitindo alertas em tempo real. Atualmente, o órgão acompanha 1.133
municípios, cobrindo 60% da população brasileira.
Com o novo investimento, a rede deve alcançar 1.942 municípios, ampliando a cobertura para mais de 70% da população.
“Estamos incorporando novas tecnologias e ampliando nossa capacidade de previsão. É ciência aplicada diretamente à proteção da sociedade”, observou.
Homenagem histórica e simbolismo amazônico
A cerimônia
também prestou homenagem ao militar Pedro Teixeira, líder de expedições que
consolidaram a presença portuguesa na Amazônia durante o período colonial. Uma
placa simbólica foi entregue ao Comando da Marinha pela relevância de seu
legado para a soberania e defesa da região.
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O acordo
representa um avanço significativo na preparação do país para enfrentar
emergências climáticas cada vez mais frequentes e intensas. A integração entre
ciência, tecnologia, defesa e financiamento público sinaliza uma política
nacional mais robusta de prevenção, monitoramento e resposta rápida a desastres
naturais — uma agenda estratégica para proteger vidas em meio ao novo cenário
climático.
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