Uberaba inicia testes para integrar o cacau à produção agrícola do Cerrado
Por REDAÇÃO
do Jornal DM News | Siga nas Redes
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Uberaba
pode ingressar, nos próximos anos, na rota nacional do cacau com a implantação
de um projeto inovador na Fazenda Escola da Fazu. A iniciativa teve início após
a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre a instituição e o
Sindicato dos Produtores Rurais, em outubro, consolidando uma parceria voltada
à pesquisa, inovação e desenvolvimento econômico regional.
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O projeto
prevê a adaptação da cultura do cacau ao solo e clima do Cerrado mineiro,
seguindo modelos de produção que vêm ganhando destaque em outras regiões do
país. Entre eles está o cultivo a pleno sol, já validado no oeste da Bahia e em
áreas do Cerrado nordestino, que apresentam características semelhantes às
encontradas em Uberaba, como elevada incidência solar e períodos de seca bem
definidos.
Segundo os
organizadores, o campo de demonstração será instalado na Fazenda Escola da Fazu
como ponto de partida para experimentos controlados. O local oferecerá
condições adequadas para coleta, comparação e análise de dados relacionados ao
desempenho das plantas, resistência a estresses climáticos e produtividade em
diferentes contextos de manejo.
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A
expectativa é que o projeto gere conhecimento técnico, oportunidades de
diversificação agrícola e, no médio prazo, novas frentes de negócio para
produtores da região. Representantes da parceria afirmam que iniciativas desse
tipo fortalecem o ecossistema agropecuário e posicionam Uberaba como polo de
inovação no Cerrado mineiro.
O estudo
deverá considerar variáveis como adaptação genética, manejo hídrico,
sombreamento natural, correção do solo e técnicas de fertilidade específicas
para culturas perenes. Embora ainda em fase inicial, o projeto atrai atenção de
pesquisadores e profissionais do setor, que veem no cacau uma alternativa de
valor agregado e com mercado consolidado.
Além disso,
o Brasil vive um momento de expansão na produção de cacau, impulsionado tanto
pela demanda da indústria nacional quanto pelo surgimento de novos modelos de
cultivo em regiões fora da Amazônia. Esse movimento abre espaço para que
municípios como Uberaba testem, validem e ampliem práticas capazes de
fortalecer cadeias produtivas locais.
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Com a
instalação do campo experimental e o início das pesquisas, os próximos passos
incluem o monitoramento contínuo, a troca de conhecimento com centros de
referência e a possível ampliação da área cultivada, caso os resultados se
mostrem favoráveis. Para a Fazu e o Sindicato Rural, a iniciativa representa
uma oportunidade estratégica para integrar ciência, agronegócio e inovação.
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