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Reunião técnica aponta regulação e integração regional como chaves para
reduzir sobrecarga no atendimento de urgência e emergência
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MG) e a Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba, promoveu uma reunião técnica para enfrentar um dos maiores desafios da Macrorregião de Saúde Triângulo do Sul: o excesso de demanda nos hospitais do SUS, especialmente em Uberaba, polo regional.
O encontro contou com representantes das promotorias de saúde de Uberaba, Araxá, Frutal e Iturama, além de gestores municipais e equipes de regulação. A programação incluiu visita técnica ao Complexo Regulador de Uberaba, com o objetivo de identificar gargalos no acesso hospitalar e propor ajustes.
Entre os
encaminhamentos, definiu-se a elaboração de planos de ação em dois eixos
principais: otimização da alocação de leitos na macrorregião e
fortalecimento da regulação de fluxo entre hospitais. Acordou-se ainda a
pactuação de prazos claros para o cumprimento das metas e a criação de
indicadores de monitoramento público.
O governo
estadual, em parceria com o município e o MPMG, comprometeu-se a modernizar
os sistemas de regulação, oferecer capacitação às equipes e
assegurar medidas de transparência que permitam à população acompanhar
os avanços.
A sobrecarga em Uberaba reflete uma fragilidade estrutural do sistema de saúde regional. Como polo, a cidade concentra a maior parte dos atendimentos de alta complexidade, mas enfrenta limites físicos e humanos. Para especialistas, a chave está na descentralização: fortalecer a estrutura hospitalar em municípios como Araxá, Frutal e Iturama reduziria o fluxo para Uberaba e aumentaria a eficiência do atendimento.
A
secretária adjunta de Estado de Saúde, Poliana Cardoso Lopes, defendeu
maior integração entre a regulação estadual e municipal, ressaltando que
melhorias na atenção primária e especializada são fundamentais para aliviar os
hospitais. Já Giovanna Carone, do CAO-Saúde, destacou o papel
fiscalizador do Ministério Público, que acompanha de perto os indicadores e
cobra cumprimento da legislação.
Uberaba se encontra no centro de um dilema: manter-se como referência em saúde sem colapsar. As medidas pactuadas representam um avanço, mas a eficácia dependerá da execução e do compromisso político com a integração regional. Em última instância, o sucesso dessa estratégia poderá servir de modelo para outras macrorregiões brasileiras que enfrentam desafios semelhantes no SUS.
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