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DMHC News | Programa federal entrega primeiras traduções da Constituição em língua Kaiowá

Iniciativa conjunta da AGU, MPI, MJSP e IDGlobal fortalece cidadania, preserva culturas e amplia o acesso aos direitos constitucionais.

 

Por REDAÇÃO do Jornal DM News | Siga nas Redes Sociais





A comunidade indígena Kaiowá, no município de Amambaí (MS), recebeu as primeiras traduções da Constituição Federal produzidas no âmbito do programa Língua Indígena Viva no Direito, iniciativa que une a AGU, o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério da Justiça e a organização IDGlobal. O objetivo é ampliar o acesso aos direitos constitucionais, promover o diálogo intercultural e fortalecer a cidadania dos povos originários.



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Tradução validada pela comunidade

A entrega ocorreu na Escola Municipal Ypyendy, com a participação de 180 pessoas, entre lideranças, autoridades e mais de 100 estudantes. A tradução inicial — que inclui trechos fundamentais da Carta Magna — foi produzida por tradutores indígenas com apoio da anciã Kunha Yvoty (Lúcia Assis Morais), respeitando as variações dialetais da língua Kaiowá, falada por 38,6 mil pessoas no Mato Grosso do Sul.


Durante a cerimônia, alunos leram trechos traduzidos, incluindo o artigo 232, que garante aos povos indígenas o direito de ingressar em juízo para defender sua autonomia e seus direitos coletivos, como terras, cultura e modos de vida.



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Preservação cultural e acesso à justiça

Para o presidente da organização parceira Ixiru’Ete, Gilmar Veron Alcântara, a iniciativa representa “um momento histórico” para os Kaiowá. Ele reforçou que ver a Constituição traduzida para a língua da comunidade é motivo de orgulho e reconhecimento da luta dos povos indígenas pela inclusão de seus direitos no texto constitucional.


A validação comunitária é parte central do processo: cada etapa da tradução é discutida nas aldeias para garantir precisão linguística, respeito cultural e compreensão coletiva.



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Estratégia nacional de inclusão linguística

O programa prevê a tradução não apenas da Constituição de 1988, mas também da Convenção nº 169 da OIT e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU para as três línguas indígenas mais faladas no Brasil: Tikuna, Kaingang e Kaiowá.


Líderes e especialistas reforçam que a iniciativa vai além da preservação linguística: trata-se de acesso concreto à informação, condição essencial para que as comunidades defendam seus direitos territoriais, sociais e culturais.


O diretor do Departamento de Línguas Indígenas do MPI, Eliel Kaiowá, destacou que a escrita da língua é uma ferramenta indispensável para fortalecer a autonomia jurídica dos povos. “A tradução garante acessibilidade aos direitos. Nossa história precisa da escrita”, afirmou.



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Tikuna e Kaingang também recebem traduções

As entregas fazem parte de um cronograma nacional.

  • Em 12 de setembro, a comunidade Tikuna, no Alto Solimões (AM), foi a primeira a receber a versão inicial da Constituição em sua língua, falada por 34 mil indígenas.
  • No dia 19, foi a vez dos Kaingang, na Floresta Nacional de Canela (RS), onde o ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou que o acesso à Constituição é passo essencial para que indígenas ocupem espaços de poder no Direito brasileiro.

A segunda parte da Constituição deverá ser traduzida ainda este ano, com conclusão prevista para fevereiro de 2026. Na sequência, serão entregues as traduções dos ODS e da Convenção 169. Todas as versões seguirão o mesmo processo de validação junto às comunidades.


O programa também estará presente na COP30, em Belém (PA), em novembro de 2025. A Aldeia COP será o principal espaço de participação indígena na conferência, reunindo cerca de 3 mil representantes de diversos povos.



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Ao ampliar o acesso à legislação brasileira por meio da língua materna, o programa Língua Indígena Viva no Direito reforça a centralidade dos povos originários na construção democrática do país. A tradução da Constituição para o Kaiowá não apenas facilita a compreensão dos direitos, mas também valoriza saberes ancestrais, preserva identidades e fortalece a participação indígena no sistema de justiça.



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