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Obra
essencial para o abastecimento de água enfrenta impasse financeiro e
estruturante após quatro anos de paralisação
A barragem
da Prainha, projetada para garantir o abastecimento de água da população de
Uberaba em períodos de estiagem, permanece paralisada há mais de quatro anos
devido à insuficiência de recursos e ajustes no projeto original. A Companhia
Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) busca novas
fontes de financiamento para retomar a construção, que já consumiu entre R$ 8
milhões e R$ 9 milhões.
Iniciada em
2020, a obra da barragem no Rio Uberaba estava prevista para conclusão em 2021,
mas enfrentou problemas estruturais que levaram à rescisão do contrato com a
Construtora Nóbrega Pimenta em 2022. O projeto passou por revisão, alterando
valores e exigindo nova validação junto à Caixa Econômica Federal e órgãos
federais.
Segundo o
diretor de Desenvolvimento e Saneamento da Codau, Giovanni Molinero, a
companhia já apresentou o novo projeto em Brasília, mas ainda depende de
aprovação de financiamento. “Estamos em busca de recursos para concluir a
barragem e garantir o abastecimento da cidade nos períodos críticos de seca”,
afirmou Molinero durante entrevista à rádio local.
A barragem
está localizada cerca de 5 km acima da Estação de Captação da Codau e é
estratégica para a segurança hídrica de Uberaba, considerando que o Rio Uberaba
é a principal fonte de água da cidade. Apesar de iniciativas como o projeto
Água Viva, que trata 98% do esgoto antes de despejá-lo no rio, a bacia
hidrográfica enfrenta degradação ambiental severa, com apenas 1% da área em bom
estado de conservação.
Especialistas
em gestão de recursos hídricos alertam que atrasos em obras estruturantes
comprometem a resiliência urbana diante de eventos de seca e mudanças
climáticas. A conclusão da barragem depende não apenas de financiamento, mas de
planejamento integrado com políticas de conservação ambiental, monitoramento de
bacias e investimentos em infraestrutura complementar.
O histórico
da Construtora Nóbrega Pimenta, com mais de 45 anos de experiência em obras de
infraestrutura pesada, demonstra capacidade técnica, mas ressalta que o sucesso
do projeto depende da estabilidade de recursos públicos e privados e da
coordenação entre esfera municipal e órgãos federais.



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