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DMHC News | Falhas em sistema biométrico de Uberaba geram impasse entre servidores e Prefeitura

 

Por REDAÇÃO do Jornal DM News | Siga nas Redes Sociais


Controle eletrônico de ponto é alvo de críticas por não reconhecer minutos extras de jornada





O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU) questiona a Prefeitura sobre inconsistências no sistema de registro de ponto por biometria facial. Segundo denúncias, a ferramenta desconta minutos quando o servidor encerra a jornada antes do horário previsto, mas não contabiliza o tempo adicional quando há permanência além do expediente.





O ofício encaminhado à secretária municipal de Administração, Taciana de Castro Balduíno, formaliza a insatisfação dos trabalhadores. A principal crítica refere-se à ausência de compensação automática nos casos de sobrejornada, prática que era reconhecida no sistema anterior, baseado em biometria digital.

Para o presidente do SSPMU, Luiz Carlos dos Santos, a medida representa um retrocesso. “Se há no sistema um campo para registro de horas extras ou compensação, é justo que os minutos adicionais sejam considerados. O modelo anterior era mais transparente e trazia maior segurança ao trabalhador”, afirmou.

O primeiro vice-presidente, Phablo Lemes, reforça que a questão ultrapassa a esfera técnica, envolvendo também o respeito à dedicação dos servidores. “Cada minuto de trabalho precisa ser reconhecido. Ignorar esse esforço desvaloriza quem mantém a máquina pública em funcionamento”, destacou.





Especialistas em direito do trabalho alertam que a não contabilização de horas efetivamente trabalhadas pode configurar violação de direitos, além de abrir margem para judicialização. O caso expõe um dilema comum em administrações municipais: a modernização de sistemas de gestão sem a devida adaptação às realidades do serviço público.

Em Uberaba, a polêmica ocorre em um momento de maior pressão sobre a gestão de recursos humanos, em meio a demandas crescentes por eficiência e transparência. A desconfiança em relação ao sistema pode afetar a motivação dos servidores e, indiretamente, a qualidade dos serviços prestados à população.





O SSPMU exige que a Prefeitura esclareça os critérios utilizados e adote ajustes que garantam a valorização integral do trabalho. O episódio reacende o debate sobre o equilíbrio entre controle administrativo e respeito aos direitos do funcionalismo público, pondo à prova a capacidade da gestão municipal em ouvir e corrigir falhas em tempo hábil.

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