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DMHC News | O preço da habilitação no Brasil expõe barreiras sociais e amplia desigualdades

Por REDAÇÃO do Jornal DM News | Siga nas Redes Sociais


O alto custo da CNH impede milhões de brasileiros de acessar direitos básicos de mobilidade e trabalho





A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil tornou-se sinônimo de independência e acesso ao mercado de trabalho. No entanto, o valor elevado para sua obtenção revela um abismo social: em estados como Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, os custos ultrapassam os R$ 4,5 mil, enquanto mesmo nas regiões com preços mais baixos, como a Paraíba, o gasto médio é de quase R$ 2 mil.





Segundo a pesquisa Perfil do Condutor Brasileiro, do Instituto Nexus, cerca de 20 milhões de pessoas dirigem sem habilitação, e 32% afirmam não ter condições de se habilitar devido ao custo. Para famílias que vivem com até um salário mínimo, o documento é praticamente inacessível: 81% dos integrantes desse grupo não possuem CNH.

Essa exclusão impacta especialmente as regiões Norte e Nordeste, onde a taxa de não habilitados chega a 64% e 71%, respectivamente. Além de um problema econômico, o cenário coloca em risco a segurança viária. Quase metade dos condutores sem carteira declara que o preço é o principal obstáculo para regularizar a situação, o que estimula a informalidade e fragiliza o cumprimento da lei.

No Rio Grande do Sul, onde o custo médio é de R$ 4.951,35 para a categoria AB, especialistas defendem que o valor reflete a ausência de políticas de subsídio ou incentivo. Em contrapartida, países como a Alemanha e o Chile investem em modelos que tornam o processo mais acessível, entendendo a habilitação como um direito social vinculado à mobilidade urbana e ao emprego.






A discussão sobre o custo da CNH precisa ser tratada como questão de inclusão. O alto valor restringe o acesso de milhões de cidadãos a oportunidades de trabalho e a direitos básicos de mobilidade, reforçando desigualdades regionais e econômicas. Sem medidas que equilibrem o preço e ampliem o acesso, a CNH continuará sendo um privilégio, não um direito.






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